Visando contribuir com o debate sobre a qualificação de políticas públicas voltadas para a proteção e garantia dos direitos humanos de crianças, adolescentes e jovens na sociedade, o Instituto OCA atua realizando pesquisas e sistematizando conhecimentos acerca dos seguintes eixos de ação:

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    Prevenção de Homicídios na Adolescência – Fortaleza foi uma das cidades do Nordeste em que o quadro de homicídios mais se agravou na última década, fazendo com que a capital cearense aparecesse de forma destacada nos rankings nacionais de mortes violentas. A principal vítima é o jovem negro, pobre, morador de periferia. É urgente pensar ações e políticas públicas capazes de responder de forma sustentável à crescente violência que atinge sobretudo os jovens e adolescentes. Para tanto, o Instituto OCA desenvolve pesquisas, consultorias e articulações com atores sociais dos setores público e privado tendo para subsidiar processos decisórios que tenham como meta a redução da letalidade desse segmento da população. Uma mostra desse trabalho pode ser conferida na seção “Publicações”.

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    Violência Armada – A violência armada pode ser definida como ações específicas perpetradas por grupos criminosos organizados para exercer controle ou ganho de territórios, incluindo confronto armado entre grupos e policiais, bem como medidas de controle social e restrições de circulação e trânsito impostas às populações. Nos últimos anos, o Estado assistiu a um processo de reconfiguração das práticas criminosas que se reflete atualmente no aumento da sensação de insegurança vivida pela população. Além disso, as armas de fogo têm importância fundamental no incremento das mortes de adolescentes. Mais que o sentimento de temor, muitas pessoas veem cerceados de forma objetiva seus direitos mais básicos, como o de se locomover livremente ou ter acesso a direito básicos (como educação e saúde) por causa da ação do crime organizado. Compreender essa situação, a dinâmica da violência armada e os reflexos trazidos para jovens, crianças e adolescentes é uma preocupação e uma prioridade para o Instituto OCA.

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    Vulnerabilidades juvenis – Compreender as dinâmicas juvenis é uma tarefa complexa. Sujeitos em constante movimento, os jovens estão reconfigurando continuamente suas práticas e seus modos de ser em sociedade. A construção de políticas públicas que possam responder a esses anseios passa pela elaboração de diagnósticos e análises cujo centro sejam os próprios atores. O Instituto OCA possui expertise nesse campo, o que lhe permite ir além em termos de capacidade analítica. Só assim é possível descrever fenômenos como a juventude “nem-nem” e “nem-nem-nem”, ou seja, a existência de uma parcela cada vez mais crescente da população juvenil que, além de não trabalhar nem estudar, não demonstra interesse em retomar a escola nem mesmo buscar uma ocupação. São jovens que vivem em um cenário de extrema vulnerabilidade marcado pela descrença no futuro, o flerte com o ilícito e a perda de quaisquer vínculos institucionais.